sábado, 9 de novembro de 2019

Encerramento

Oioioie gente que ainda vem aqui!!
Chegou a hora de encerrar este blog após um longo período de existência. Todos sabemos, tudo na vida tem início, meio e fim, inclusive a própria vida. Sentirei saudades! Meu agradecimento a quem o acompanhou até momento!
Vida que segue
Fui 

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

A palavra PUTA tem poder

Hoje li num livro que a palavra PUTA  tem poder...

A palavra  puta em sua essência tem poder, tal frase foi dita pela escritora feminista Nadya Tolokonnikova em seu livro o "Um guia Pussy Riot para o ativismo"

E tem uma coisa legal, para os linguistas e nos dicionários, a palavra PUTA pode ser dita, expressada tanto como sinônimo de algo grande, espantoso e benéfico, como também para definir mulheres que olharam para o mundo com outros olhos e decidiram fazer o que bem entendesse de sua vida. 

Conheço muitas mulheres que se orgulham de serem chamadas de putas, putas safadas, pois existem estudos ao longo da história de que as MULHERES FORTES, como as antigas bruxas na Europa também eram xingadas de PUTAS.

A palavra PUTA também pode ser sinônimo de libertina,  no sentido de ser  entregue à luxuria, ou seja, alguém que não segue os dogmas, as regras de uma determinada moral-social ditada pela religião, um exemplo “pecar contra a castidade”, que atualmente seria o mesmo que a mulher que não segue os dogmas e peca contra a sua religião, contra os dogmas de sua família, do seu namorado, dos seus ditos "amigos", ou de um determinado grupo religioso. Sim... essa mulher também é considerada uma PUTA. 

Voltando ao estudo etimológico da palavra, em latim PUTTA é menina. Em Portugual, as crianças são chamadas de putinhos. O Sentido sexual existe na Espanha, na FRança e na Italia, e dizem ser um mistério como isto aconteceu.

Agora tem uma coisa bem interessante, na Espanha, tem uma lenda da deusa Puta, era uma das divindades agrícolas romanas, responsável pela poda (puta, em latim) das árvores, e as sacerdotisas exerciam a "prostituição sagrada"  em honra à deusa. Era como as antigas guerreiras que uma vez ao ano se davam as libertinagens para simplesmente procriar.

Com o passar dos anos o nome da deusa ganhou um novo sinônimo de prostituta. Porem muitos linguistas desconfiam que é só uma etimologia popular, invenção do povo.

Ao som da música: DEixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida de Marcelo D2, falei e disse. 

Mariasaturnando, assim falei.
Apenas uma praticante

Fonte: 
1. Um guia Pussy Riot para o ativismo - Nadya Tolokonnikova
2. Dicionários da internet 

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Oração de Libertação: Gratidão, Inclusão e Luz aos Ancestrais e a todo o Sistema Familiar

Gratidão queridos pais, avós e demais ancestrais
 por terem tecido o meu caminho.
Imensa gratidão pela imensidão dos seus sonhos que,

De alguma forma, são hoje a minha realidade.
A partir deste ponto e com muito amor,

Dou luz à tristeza que houve nas gerações passadas,
Dou luz à raiva, às partidas prematuras,
Aos nomes não ditos, aos destinos trágicos.
Dou luz à flecha que cortou caminhos

E tornou a calçada mais fácil para nós.
Dou luz à alegria, às histórias repetidas várias vezes.
Dou luz ao não dito e aos segredos de família.
Dou luz às histórias de violência e ruptura entre casais,

Pais e filhos e entre irmãos e que seja o tempo
E o amor que volte a unir.
Dou luz a todas as memórias de limitação e pobreza,

A todas as crenças desestruturantes e negativas
Que permeiem o meu sistema familiar.
Aqui e agora semeio uma nova esperança,

Alegria, união, prosperidade, entrega, equilíbrio,
Ousadia, fé, força, superação, amor, amor e amor.
Que todas as gerações passadas e futuras sejam agora,

Neste instante, cobertas com um arco-íris de luzes
Que curem e restaurem o corpo, a alma e todos os relacionamentos.
Que a força e a bênção de cada geração

Alcance sempre e inunde a geração seguinte.
Assim seja.
Assim é!





Salve o dia dos Mortos

Salve os nossos Ancestrais 
Namastê

domingo, 29 de outubro de 2017

Realejo : Teatro Mágico

[...]

"Nenhum medo que possa enfrentar Nem segredo que possa contar"


Tempo dos maduros - Mário de Andrade

Contei meus anos e descobri que terei
menos tempo para viver daqui
para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que
recebeu uma bacia de cerejas..
As primeiras, ele chupou displicente, 

mas percebendo que faltam poucas,rói o caroço.



Já não tenho tempo para 

lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões

Onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando

Destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.


Já não tenho tempo para conversas intermináveis, 

para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias
que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar

 melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.


Detesto fazer acareação de desafectos 

que brigaram pelo majestoso cargo
de secretário geral do coral.


As pessoas não debatem conteúdos,

apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso

para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa…


Sem muitas cerejas na bacia,

Quero viver ao lado de gente humana,
Muito humana; que sabe rir de seus tropeços,

Não se encanta com triunfos, 
Não se considera eleita antes da hora,
Não foge de sua mortalidade,

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Fábula da Verdade - Criação das Fábulas

.:. A Fábula da Verdade - Como se criou as fábulas
     (Oriente Médio)


Quando a Providência criou a mulher, criou também a Fantasia. 
Um dia, a Verdade resolveu visitar um grande palácio. E tinha que ser justo o palácio onde morava o sultão Harun al-Rashid. Envoltas as lindas formas num véu claro e transparente, ela foi bater na porta do rico palácio em que vivia o glorioso senhor das terras muçulmanas. Ao ver aquela formosa mulher, quase nua, o chefe da guarda perguntou-lhe: 
- Quem é você? 
- Sou a Verdade! - respondeu ela, com voz firme - Quero falar com o seu amo e senhor, o sultão Harun al-Rashid, Emir dos crentes! 
O chefe da guarda, que cuida da segurança do palácio, apressou-se em levar a nova ao grão-vizir. 
- Senhor, - disse, inclinando-se humildemente - uma mulher desconhecida, quase nua, quer falar ao nosso soberano. 
- Como se chama? 
- Chama-se Verdade! 

- A Verdade! - disse o grão-vizir, espantado - A Verdade quer penetrar neste palácio? Não! Nunca! Que seria de mim, que seria de todos nós, se a Verdade aqui entrasse? A perdição, a desgraça! Diga a ela que uma mulher nua, despudorada, não entra aqui! 
Voltou o chefe da guarda com o recado do grão-vizir e disse à Verdade: 
- Aqui não pode entrar, minha filha. A sua nudez iria ofender nosso Califa. Volta, pelo caminho de onde veio. 
E a Verdade, entristecida, se afastou do palácio. 
Porém, quando a Providência criou a mulher, criou também a Obstinação. 
E a Verdade continuou a alimentar o propósito de visitar um grande palácio. E tinha que ser justo o palácio onde morava o sultão Harun al-Rashid. Persistente, ela cobriu as peregrinas formas com um pano grosseiro como os que usam os mendigos e foi novamente bater na porta do suntuoso palácio em que vivia o glorioso senhor das terras muçulmanas. Ao ver aquela formosa mulher, vestida tão grosseiramente com trapos, o chefe da guarda perguntou-lhe: 
- Quem é você? 
- Sou a Acusação! - respondeu ela, brava. - Quero falar com o seu amo e senhor, o sultão Harun al-Rashid, Comendador dos crentes! 
O chefe da guarda, que cuida da segurança do palácio, correu a entender-se com o grão-vizir. 
- Senhor, - disse, inclinando-se humildemente - uma mulher desconhecida, com o corpo envolto em panos grosseiros, deseja falar ao nosso soberano. 
- Como se chama? 
- Chama-se Acusação! 
- A Acusação! - disse o grão-vizir, aterrorizado - Que seria de mim, que seria de todos nós, se a Acusação entrasse aqui? A perdição, a desgraça! Diga a ela que aqui não, aqui não pode entrar! Diga-lhe que uma mulher, vestida com panos grosseiros, não pode falar ao nosso amo e senhor! 
Voltou o chefe da guarda com a proibição do grão-vizir e disse à Verdade: 
- Aqui você não pode entrar, minha filha. Com estas roupas rasgadas, próprias de um beduíno rude e pobre, não podes falar ao nosso amo e senhor, o sultão Harun al-Rashid! Volta, em paz, pelo caminho de onde veio. 
Vendo que não conseguiria realizar seu intento, ficou ainda mais triste a Verdade, e afastou-se vagarosamente do grande palácio do poderoso senhor. 
Mas... 
Quando a Providência criou a mulher, criou também o Capricho. 
E a Verdade encheu-se do vivo desejo de visitar um grande palácio. E tinha que ser justo o palácio onde morava o sultão Harun al-Rashid. Vestiu-se com riquíssimos trajes, cobriu-se com jóias e adornos, envolveu o rosto em um manto de seda e foi bater à porta do palácio onde vivia o glorioso senhor dos Árabes. Ao ver aquela encantadora mulher, linda como a quarta lua do mês do Ramadã, o chefe da guarda perguntou-lhe: 
- Quem é você? 
- Sou a Fábula! - respondeu ela, em tom meigo. - Quero falar com o sultão Harun al-Rashid, Emir dos crentes! 
O chefe da guarda, que cuida da segurança do palácio, correu a entender-se com o grão-vizir. 
- Senhor, - disse, inclinando-se humilde - uma linda e encantadora mulher, vestida como uma princesa, solicita a audiência de nosso amo e senhor, o sultão Harun al-Rashid, Emir dos crentes! 
- Como se chama? 
- Chama-se Fábula! 
- A Fábula! - disse o grão-vizir, cheio de alegria. A Fábula quer entrar neste palácio? Que entre! Bendita seja a encantadora Fábula. Cem formosas escravas irão recebê-la, com flores e perfumes. Quero que a Fábula tenha, neste palácio, a acolhida digna de uma verdadeira rainha! 
E foram abertas as portas do grande palácio de Bagdá e a formosa peregrina entrou. 
E foi assim que, vestida de Fábula, a Verdade conseguiu entrar no grande palácio do poderoso Califa de Bagdá, o sultão Harun al-Rashid, Príncipe de todos os crentes. 

Fonte: Recebido por email