sábado, 28 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O Poder do silêncio

Quando a gente fala  da lei do silêncio a gente pensa que é simplesmente  ficar calado, que é não falar não emitir sons. Uma vez eu ouvi uma palestra que discursava sobre os trabalhos de hércules e ela dizia que o silêncio é também falar corretamente. A palestrante dizia que a  palavra e o silêncio na verdade podem ser uma coisa só. 

A gente pode falar silenciosamente a gente pode silenciosamente falar. (captou...rsrs)


E isso vai acontecer quando essa palavra esse som esse silencio, estiverem imbuídos da energia interior, e aprofundando no silêncio, encontramos também o silêncio das emoções, o silêncio dos pensamentos, o silêncio dos julgamentos, o silencio das nossas ações, o silêncio a cerca do que pensamos sobre nós mesmos, e do silêncio de emitir opiniões acerca de tudo e de todos, queremos de alguma forma com essas "opiniões" impor nossas vontades e fazer o outro engolir  como vemos o mundo a vida. 

E é incrível como sempre sempre...encontramos aqueles amigos, que não são terapeutas, mas agem como se fossem, emitindo sempre uma opinião sobre tudo, que sempre sempre sempre tem algo a dizer para gente, mesmo quando não precisamos, quando não pedimos.

Quando a pessoa é um entendido do assunto, é um terapeuta, é um psicologo, ou simplesmente tem a sensibilidade de perceber e sentir a alma do outro, ela sabe que no silêncio também se diz tudo. Ela silenciosamente diz tudo.

Então tudo fazemos de acordo com a nossa lente, com nossas réguas e medidas. Tudo a gente tenta fazer com a nossa identidade. E a palestrante dizia que nesse momento o trabalho com o silêncio é o de estarmos totalmente despojados de nós mesmos. de estarmos libertos de nós mesmos, sem a arrogância e o autoritarismo de estarmos fazendo com que aquilo que achamos da vida tenha que ser manifestado.

Ai podemos pensar: 

Peraí...mas eu estou falando pq eu acho??? ou você pode estar falando para ser simplesmente reconhecido. Você pode estar falando para ser notado. Ou você pode estar falando pra ser amado. Não é fácil perceber... pois em tudo a gente constrói uma teoria, e tomamos posse, tomamos posse inclusive das coisas evoluídas, da área que estamos servindo. Não quero dizer com isso que devemos nos despojar de tudo e aniquilarmos o nosso Eu. Não é isso, é apenas observar... e não nós deixarmos levar pelo egoismo, pelo autoritarismo, e pela posse das coisas e inclusive da posse sobre o outro. 

Não é fácil perceber isso, é bem sutil...

Fontes: 
-Os Doze trabalhos de Hércules - palestras trigueirinho - figueira
-Os Doze trabalhos de Hércules - palestras Heloisa e Mauricio - Figueira
-O Poder do Silêncio - Trigueirinho 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Bilhete - Mário Quintana

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Enfim, tem de ser bem devagarinho
Amada, que a vida é breve
E o amor mais breve ainda...

(Mário Quintana)





Foto: Getty revista veja


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Ostra feliz não faz pérola - Rubens Alves

As pessoas felizes não produzem pérolas, hoje vivemos sob a égide de que somos obrigados a sermos felizes sempre. Claro que existem sofrimentos naturais, como doenças, decepções amorosas etc... mas  existem também outras dores e sofrimentos que surgem da alma, artista como Bethoven, Van Gogh, Cecília Meireles, Fernando Pessoa, músicos e poetas com um tempo também desenvolveram e criaram suas próprias perolas, para serem mais fortes, que a dor causada tanto por um grão de areia , como também as dores  que surgem da própria alma.

Segue a estória...

Eram ostras felizes. Sabia-se que eram ostras felizes porque de dentro de suas conchas saía uma delicada melodia, música aquática, como se fosse um canto gregoriano, todas cantando a mesma música. Com uma exceção: de uma ostra solitária que fazia um solo solitário. Diferente da alegre música aquática, ela cantava um canto muito triste. 


As ostras felizes se riam dela e diziam: “Ela não sai da sua depressão...”. Não era depressão. Era dor. Pois
um grão de areia havia entrado dentro da sua carne e doía, doía, doía. E ela não tinha jeito de se livrar dele, do grão de areia. Mas era possível livrar-se da dor. O seu corpo sabia que, para se livrar da dor que o grão de areia lhe provocava, em virtude de suas aspereza, arestas e pontas, bastava envolvê-lo com uma substância lisa, brilhante e redonda. Assim, enquanto cantava seu canto triste, o seu corpo fazia o trabalho – por causa da dor que o grão de areia lhe causava

Um dia, passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro de uma ostra. Ele o tomou nos dedos e sorriu de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. 

Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele a tomou e deu-a de presente para a sua esposa. Isso é verdade para as ostras. E é verdade para os seres humanos. No seu ensaio sobre O nascimento da tragédia grega a partir do espírito da música, Nietzsche observou que os gregos, por oposição aos cristãos, levavam a tragédia a sério. Tragédia era tragédia. Não existia para eles, como existia para os cristãos, um céu onde a tragédia seria transformada em comédia. 

Ele se perguntou então das razões por que os gregos, sendo dominados por esse sentimento trágico da vida, não sucumbiram ao pessimismo. A resposta que encontrou foi a mesma da ostra que faz uma pérola: eles não se entregaram ao pessimismo porque foram capazes de transformar a tragédia em beleza. A beleza não elimina a tragédia, mas a torna suportável. A felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer. 

Ostra feliz não faz pérola: Rubem Alves; Pág. 09

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Sutilezas - Rumi

" Atenta para as sutilezas que não se dão em palavras
Compreende o que não se deixa capturar pelo entendimento"

(Jalal ad-Din Muhammad Rumi)



domingo, 22 de fevereiro de 2015

sábado, 21 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Excesso de Força de vontade

"Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, 
a eletricidade e a energia atômica: a vontade
(Albert Einstein)



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Duas pulguinhas

"Era uma vez duas pulguinhas  que passaram 
a vida inteira economizando e compraram um 
cachorro só pra elas..."
(Mário Quintana) 



domingo, 15 de fevereiro de 2015

Silêncio Completo


Quatro monges decidiram meditar em silêncio completo, sem falar por duas semanas. Na noite do primeiro dia a vela passou a falhar e apagou-se.
O primeiro monge disse:
--Oh, não...A vela apagou
O segundo comentou:
--Não tínhamos que ficar em silêncio completo?
O Terceiro exclamou:
Vocês dois quebraram o silêncio? 
E por fim o quarto afirmou, todo orgulhoso:
--Ahaaa!! Eu fui o único que não falou!!


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Para viver em paz

Lembre-se de que só existe um tempo importante e esse tempo é o agora.
o presente é o único tempo sobre o qual temos domínio.
A pessoa mais importante é aquela que está à sua frente.
E a coisa mais importante é fazer essa pessoa feliz"



E como diz a Lia Disk: Minha gente...hay que praticar!!

Frase do Livro: Para Viver em paz: o milagre da mente alerta do Mestre zen  Thich Nliât Hanli meu amigo de todas as horas certas e incertas.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Santa Clara


Santa Clara clareou

Toda tranca desatou
No tempo das incertezas
Trabalhando com firmeza
Que o Padrinho abencoou



Santa Clara clareou
Nossa dor aliviou
Vem caindo do astral
Chuva fina divinal
Santa Clara é quem mandou

Voz e violão: eu mesma

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Poeminha Amoroso




Este é um poema de amor 

tão meigo, tão terno, tão teu... 
É uma oferenda aos teus momentos 
de luta e de brisa e de céu... 

E eu, quero te servir a poesia 
numa concha azul do mar 
ou numa cesta de flores do campo. 
Talvez tu possas entender o meu amor. 

Mas se isso não acontecer, 
não importa. 
Já está declarado e estampado 
nas linhas e entrelinhas 
deste pequeno poema, 

o verso; 
o tão famoso e inesperado verso que 
te deixará pasmo, surpreso, perplexo... 

eu te amo, perdoa-me, eu te amo..."

Cora Coralina

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Amor Liquido: Bauman

Da fragilidade das relações humanas: 

"Tudo  é muito farto, rápido e passageiro"


Assim são as amizades e relações que já nascem mortas segundo o livro:  "Amor Liquido" de Bauman um livro simplesmente ma-ra-vi-lho-so que discorre da transitoriedade dos sentimentos e dos laços das relações do mundo contemporâneo,  uma leitura elucidadora que liberta e alimenta a alma!! 


E como diz Platão não existe amor eros ou philos quando somente um individuo entra no rio para se banhar, tem que ter  reciprocidade, pois as gotas de água que respingam naquele que não deseja ser molhado podem inclusive afastar mais ainda o outro e acabar por  apagar o que mesmo passageiro, de bonito tenha ficado.



São muitos que usam a régua, mas poucos os inspirados
(Platão)


E pra terminar...dizer que já chegou ao fim... E isto eu digo primeiramente para mim mesma (rsrs) é muito importante não cair na armadilha de ficar alimentado amizades e relações que já nascem mortas, ser honesto primeiramente consigo e com os seus sentimentos é a melhor opção. Encarar o FIM de uma situação de um relacionamento é mais elegante.
Há de ser muito livre para deixar ir...e há de se ter muita compreensão para entender que o fato do outro dizer por exemplo: Eu Te Amo não significa que seja um amor verdadeiro, pode  significar um " sentimento de desejo" que muitas vezes o outro não sabe distinguir, e compreendendo isto você se liberta do outro, e o deixa ir... em silêncio, sem mais explicações,  você  flui com o rio.. pois ao invés de insistir em acessar o amor que não existe no outro, você pode simplesmente quando ouvir um Eu Te Amo...acessar o Amor profundo que existe dentro de você.

Conto zen


Quem sabe ouvir o silêncio? ou como diz o renato russo... quem sabe ouvir as palavras que nunca foram ditas?

Por que palavras?


Um monge aproximou-se de seu mestre que encontrava-se em meditação no pátio  do templo à luz da Lua com uma grande dúvida:
--Mestre, aprendi que confiar nas palavras é ilusório; e diante das palavras, o verdadeiro sentido surge através do silêncio. Mas vejo que os Sutras e as recitações são feitas de palavras; e que o ensinamento é transmitido pela voz. Se o Dhama está além dos termos, porque os termos são usados para defini-lo?
O velho sábio respondeu: 
--As palavras são como um dedo apontando para a Lua; cuida de saber olhar para a Lua, não se preocupe com o dedo que a aponta.
O Monge replicou: 
--Mas eu não poderia olhar a Lua, sem precisar que algum dedo alheio a indique?
--Poderia, confirmou o mestre, e assim tu o farás, pois ninguém mais pode olhar a lua por ti. As palavras são como bolhas de sabão: frágeis e inconsistentes, desaparecem quando em contato prolongado com o ar. A Lua está e sempre esteve à vista. O Dhama é eterno e completamente revelado. As palavras não podem revelar o que já está revelado desde o Primeiro Princípio.
Então o monge perguntou:
--Porque os homens, precisam que lhes seja revelado o que já é de seu conhecimento? ao que o velho sábio respondeu;
--Porque, da mesma forma que ver a Lua todas as noites faz com que os homens se esqueçam dela pelo simples costume de aceitar sua existência como fato consumado, assim também os homens não confiam na Verdade já revelada pelo simples fato dela se manifestar em todas as coisas, sem distinção. Desta forma, as palavras são um subterfúgio, um adorno para embelezar e atrair nossa atenção. E como qualquer adorno, pode ser valorizado mais do que é necessário.

O mestre ficou em silêncio durante muito tempo. Então, de súbito, simplesmente apontou para a Lua.

Por Tam Huyen Van


Escrito ao som de: 

"...Já não me preocupo 
Se eu não sei porquê 

Às vezes o que eu vejo 
Quase ninguém vê..."
(Quase sem querer - Renato Russo)