domingo, 29 de outubro de 2017

Realejo : Teatro Mágico

[...]

"Nenhum medo que possa enfrentar Nem segredo que possa contar"


Tempo dos maduros - Mário de Andrade

Contei meus anos e descobri que terei
menos tempo para viver daqui
para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que
recebeu uma bacia de cerejas..
As primeiras, ele chupou displicente, 

mas percebendo que faltam poucas,rói o caroço.



Já não tenho tempo para 

lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões

Onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando

Destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.


Já não tenho tempo para conversas intermináveis, 

para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias
que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar

 melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.


Detesto fazer acareação de desafectos 

que brigaram pelo majestoso cargo
de secretário geral do coral.


As pessoas não debatem conteúdos,

apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso

para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa…


Sem muitas cerejas na bacia,

Quero viver ao lado de gente humana,
Muito humana; que sabe rir de seus tropeços,

Não se encanta com triunfos, 
Não se considera eleita antes da hora,
Não foge de sua mortalidade,

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Fábula da Verdade - Criação das Fábulas

.:. A Fábula da Verdade - Como se criou as fábulas
     (Oriente Médio)


Quando a Providência criou a mulher, criou também a Fantasia. 
Um dia, a Verdade resolveu visitar um grande palácio. E tinha que ser justo o palácio onde morava o sultão Harun al-Rashid. Envoltas as lindas formas num véu claro e transparente, ela foi bater na porta do rico palácio em que vivia o glorioso senhor das terras muçulmanas. Ao ver aquela formosa mulher, quase nua, o chefe da guarda perguntou-lhe: 
- Quem é você? 
- Sou a Verdade! - respondeu ela, com voz firme - Quero falar com o seu amo e senhor, o sultão Harun al-Rashid, Emir dos crentes! 
O chefe da guarda, que cuida da segurança do palácio, apressou-se em levar a nova ao grão-vizir. 
- Senhor, - disse, inclinando-se humildemente - uma mulher desconhecida, quase nua, quer falar ao nosso soberano. 
- Como se chama? 
- Chama-se Verdade! 

- A Verdade! - disse o grão-vizir, espantado - A Verdade quer penetrar neste palácio? Não! Nunca! Que seria de mim, que seria de todos nós, se a Verdade aqui entrasse? A perdição, a desgraça! Diga a ela que uma mulher nua, despudorada, não entra aqui! 
Voltou o chefe da guarda com o recado do grão-vizir e disse à Verdade: 
- Aqui não pode entrar, minha filha. A sua nudez iria ofender nosso Califa. Volta, pelo caminho de onde veio. 
E a Verdade, entristecida, se afastou do palácio. 
Porém, quando a Providência criou a mulher, criou também a Obstinação. 
E a Verdade continuou a alimentar o propósito de visitar um grande palácio. E tinha que ser justo o palácio onde morava o sultão Harun al-Rashid. Persistente, ela cobriu as peregrinas formas com um pano grosseiro como os que usam os mendigos e foi novamente bater na porta do suntuoso palácio em que vivia o glorioso senhor das terras muçulmanas. Ao ver aquela formosa mulher, vestida tão grosseiramente com trapos, o chefe da guarda perguntou-lhe: 
- Quem é você? 
- Sou a Acusação! - respondeu ela, brava. - Quero falar com o seu amo e senhor, o sultão Harun al-Rashid, Comendador dos crentes! 
O chefe da guarda, que cuida da segurança do palácio, correu a entender-se com o grão-vizir. 
- Senhor, - disse, inclinando-se humildemente - uma mulher desconhecida, com o corpo envolto em panos grosseiros, deseja falar ao nosso soberano. 
- Como se chama? 
- Chama-se Acusação! 
- A Acusação! - disse o grão-vizir, aterrorizado - Que seria de mim, que seria de todos nós, se a Acusação entrasse aqui? A perdição, a desgraça! Diga a ela que aqui não, aqui não pode entrar! Diga-lhe que uma mulher, vestida com panos grosseiros, não pode falar ao nosso amo e senhor! 
Voltou o chefe da guarda com a proibição do grão-vizir e disse à Verdade: 
- Aqui você não pode entrar, minha filha. Com estas roupas rasgadas, próprias de um beduíno rude e pobre, não podes falar ao nosso amo e senhor, o sultão Harun al-Rashid! Volta, em paz, pelo caminho de onde veio. 
Vendo que não conseguiria realizar seu intento, ficou ainda mais triste a Verdade, e afastou-se vagarosamente do grande palácio do poderoso senhor. 
Mas... 
Quando a Providência criou a mulher, criou também o Capricho. 
E a Verdade encheu-se do vivo desejo de visitar um grande palácio. E tinha que ser justo o palácio onde morava o sultão Harun al-Rashid. Vestiu-se com riquíssimos trajes, cobriu-se com jóias e adornos, envolveu o rosto em um manto de seda e foi bater à porta do palácio onde vivia o glorioso senhor dos Árabes. Ao ver aquela encantadora mulher, linda como a quarta lua do mês do Ramadã, o chefe da guarda perguntou-lhe: 
- Quem é você? 
- Sou a Fábula! - respondeu ela, em tom meigo. - Quero falar com o sultão Harun al-Rashid, Emir dos crentes! 
O chefe da guarda, que cuida da segurança do palácio, correu a entender-se com o grão-vizir. 
- Senhor, - disse, inclinando-se humilde - uma linda e encantadora mulher, vestida como uma princesa, solicita a audiência de nosso amo e senhor, o sultão Harun al-Rashid, Emir dos crentes! 
- Como se chama? 
- Chama-se Fábula! 
- A Fábula! - disse o grão-vizir, cheio de alegria. A Fábula quer entrar neste palácio? Que entre! Bendita seja a encantadora Fábula. Cem formosas escravas irão recebê-la, com flores e perfumes. Quero que a Fábula tenha, neste palácio, a acolhida digna de uma verdadeira rainha! 
E foram abertas as portas do grande palácio de Bagdá e a formosa peregrina entrou. 
E foi assim que, vestida de Fábula, a Verdade conseguiu entrar no grande palácio do poderoso Califa de Bagdá, o sultão Harun al-Rashid, Príncipe de todos os crentes. 

Fonte: Recebido por email

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Confúcio

Confucio explica...

"Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha"
.:.Confucio.:.

Afinidade - Artur da Távola

A afinidade explica...


A afinidade
Não é o mais brilhante,
mas é o mais sútil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
Não importa o tempo, a ausência,
os adiantamentos, a distância, as impossibilidades.


Quando há afinidade,
qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa,
o afeto, no exato ponto
de onde foi interrompido.

Afinidade é não haver
tempo mediante a vida.
É a vitória do adivinhado sobre o real,
do subjetivo sobre o objetivo,
do permanente sobre o passageiro,
do básico sobre o superficial.

Ter Afinidade é muito raro,
mas quando ela existe,
não precisa de códigos
verbais para se manifestar.
Ela existia antes do conhecimento,
irradia durante e permanece depois que as
pessoas deixam de estar juntas.

Afinidade é ficar longe,
pensando parecido a
respeito dos mesmos fatos que
impressionam, comovem, sensibilizam.

Afinidade é receber o que vem
de dentro com uma aceitação
anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com...
Nem sentir contra, sem sentir para...
Sentir com e não ter necessidade de
explicação do que está sentindo.
É olhar e perceber.

Afinidade é um sentimento singular,
discreto e independente.
Pode existir a quilômetros de distância,
mas é adivinhado na maneira de falar,
de escrever,
de andar,
de respirar.....

Afinidade é retomar a relação
no tempo em que parou.
Porque ele (tempo) e
ela (separação) nunca existiram.
Foi apenas a oportunidade dada (tirada)
pelo tempo para que a maturação
pudesse ocorrer e que cada
pessoa pudesse ser cada vez mais.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Poesia é meu pão e a vida meu juiz - Conspiração dos poetas


Poesia é meu pão 
E a vida meu juiz
Meu destino eu mesmo é que fiz.
Meu coração, amar
Minha razão, brigar pelo país
A minha fé, sonhar
Minha paixão, viver solidário e contigo
É viver feliz.
Minha canção cantará
Quem souber esse caminho
Quem souber de lua e mar
Poesia espaço de criar 
Quem não quer ficar sozinho 
Que conjugue o verbo amar
Poesia espaço de brincar
Meu coração vencerá



Mulheres têm mais dificuldade em perceber a paquera

É... cantadas não sei, mas erros de linguagem eu percebo na hora...rsrs...



De acordo com os estudos do professor Jeffrey Hall, da Universidade do Kansas nos Estados Unidos, a maioria das pessoas não percebem quando estão sendo paqueradas. A pesquisa indicou que apenas 18% das mulheres percebem quando estão sendo paqueradas. Entre os homens os números indicam 36%.

O estudo foi realizado com 52 pares de estudantes universitários heterossexuais e solteiros. A experiência se baseou em uma conversa entre os pares que deveriam responder um questionário logo após o encontro. Quando perguntados sobre o flerte da conversa, 80% dos jovens responderam com precisão que não haviam sido paquerados.
A diferença apontada entre homens e mulheres, segundo Hall em entrevista ao Daily Mail, se dá devido ao fato de que as muheres tendem a ser mais transparentes em relação à seu interesse do que os homens.
Fonte: Daily Mail

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Destino: C. G. Jung

Jung explica...

Enquanto você não transformar o inconsciente em consciente, ele vai direcionar sua vida e você o chamará de destino.